Adeus, visto mexicano

Para muitos, o anúncio de que o visto mexicano deixa de ser exigido a partir dessa quinta-feira (16/05) pode não fazer qualquer diferença. Entretanto, com a visão de uma "aldeia" cada vez mais global que temos do mundo, essa ação traduz-se em um importante passo para todos os turistas. Deixamos de ser vistos como "cucarachas", que chegam ao México apenas para entrar de forma ilegal e perigosa nos Estados Unidos. Além disso, reforça a proposta de integração cultural latinoamericana, construindo um ambiente propício à expansão do conhecimento de nossa história, nossas tradições.

Espero, piamente, que em breve tenhamos a mesma ação com os Estados Unidos, garantindo àqueles que vão visitar o país e não ficarão mais de 90 dias, a oportunidade de fazê-lo sem a burocracia que acontece hoje. Afinal, para combater os turistas ilegais, basta haver uma vigilância mais ativa e deixar claro que, após o prazo regulamentar, qualquer pessoa que for pega será deportada. Certamente as pessoas descobrirão formas de burlar esse tipo de ação, como já o fazem hoje, mas permitirá que milhares de brasileiros que apenas querem fazer turismo possam levar seus filhos aos parques da Disney ou conhecer as belas paisagens americanas.

É lógico que esse tipo de ação traz oculta em seu coração a questão econômica. Num mundo onde as crises estão cada vez mais presentes a abertura das fronteiras pode ser uma grande fonte de renda, com geração de empregos na indústria do entretenimento, hotelaria, bares e etc. Dom João VI, ao chegar ao Brasil, em 1808, entendeu que país que se mantém aberto ao acesso de muitos só tem a ganhar.

Que a queda do visto mexicano seja um marco na região, fazendo com que acabe a exigência dos vistos americano e canadense também. Agora é esperar para ver o que muda na qualidade do turismo mexicano, pelo menos de nossa parte, e esperar que os mexicanos achem o Brasil tão empolgante quanto o México é para nós. É hora de massificar as campanhas publicitárias na região para tornar nosso país o El Dorado e colher os frutos.

 

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